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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Por que e como investir em qualidade de vida

Com a introdução dos conceitos de globalização e competitividade no cenário das organizações, ficou mais evidente a necessidade de ser dada maior atenção ao homem, pois dele virá o diferencial requerido pelas empresas na modernidade; o saber passou a ser visto como capital pelas organizações, e o ser humano passou a ser o grande fator de diferenciação competitiva dentro das empresas, uma vez que os demais fatores (tecnologia, processos, sistemas, etc.) tendem a se igualar com grande rapidez.
A educação e o desenvolvimento dos recursos humanos em uma organização passam a ser, nesse novo contexto, um instrumental preponderante na escalada mundial por uma posição de liderança, isto porque estamos em plena era do conhecimento, na qual o saber é matéria-prima imprescindível para todo e qualquer processo produtivo.
Se o fator humano é o grande diferencial competitivo que as empresas poderão lançar mão para alcançar seus resultados, também é verdade que esse capital humano será cada vez mais requisitado no sentido de cumprir seu papel por meio de suas competências; com isso, surge um novo dilema a ser solucionado no âmbito empresarial: - o que fazer para que o indivíduo consiga suportar e acompanhar a velocidade das transformações, que ocorrem em todas as áreas do conhecimento e da produção?
Em primeiro lugar, as empresas deverão estar preocupadas em criar sistemas que sustentem e dêem sequência a um processo de educação continuada, garantindo, dessa forma, a aquisição dos novos conhecimentos necessários à sua sobrevivência. Deve não só facilitar e incentivar a aquisição individualizada do conhecimento, mas, também, estimular o intercâmbio e a sinergia entre aqueles que adquiriram o novo conhecimento.
Em segundo lugar, é necessário a criação, desenvolvimento e implantação de sistemas de sustentação, que tenham a característica de gerar resultados, aliviar as tensões do dia-a-dia e que contribuam para a melhoraria da qualidade de vida dos funcionários, ou seja, as empresas deverão dar maior atenção ao elemento humano, no sentido de educá-lo e orientá-lo na busca de caminhos para o seu desenvolvimento profissional e pessoal, de modo a alcançar patamares de excelência.Diante do exposto acima, podemos perceber que os programas de qualidade de vida já não podem contemplar apenas ações voltadas para a parte física do ser humano, deverá ser voltado aos aspectos de desenvolvimento do ser humano de forma holística e integral, com vistas a um novo perfil profissional, capaz de gerar o diferencial competitivo, onde indivíduo em excelência = ambiente de alto desempenho.
As empresas devem evitar a implantação de Programas cujo conteúdo é formado por eventos isolados, que não tenham interligação uns com os outros, sem significado para as pessoas e desvinculado de um objetivo maior, tais como:
- Palestras sobre hipertensão, tabagismo, hábitos bucais, etc., de participação obrigatória, que podem até gerar, de imediato, algum resultado prático e de sensibilização, mas não são duradouros porque não estão inseridos em um contexto maior e sistemático; - Cursos e/ou atividades de sensibilização corporal, onde o indivíduo é visto e tratado de forma fragmentada e não integral;- Cursos e palestras em que as pessoas recebem muita informação, mas as mesmas não contribuem em nada para mudanças de hábitos.
A tônica principal de um Programa de Qualidade de Vida é que o mesmo deve ser gerar, no indivíduo, práticas de auto-gerenciamento, onde cada um se conscientize que ele é o responsável maior pela sua qualidade de vida, nos aspectos referentes ao corpo, mente, emoções, energia e espiritualidade; dessa forma, o indivíduo assume seu papel de principal responsável pela sua vida, não colocando-a nas mãos de outros, seja da empresa, sociedade ou família. O auto-gerenciamento com consciência de si e do todo, é a mola propulsora de resultados organizacionais (assertividade, produtividade, clima organizacional, cultura, saúde física e mental) e de resultados pessoais (maior auto-conhecimento de seus limites e potencialidades).
O programa deve possuir características marcantes de extrema flexibilidade, o que se traduz em grande facilidade de ajustá-lo em termos de linguagem e teor prático, respeitando, dessa forma, diferentes níveis culturais, diferentes momentos políticos e estratégicos da Organização. Não é, e não pode ser, um modelo estanque e estático que desconsidera as constantes mudanças de valores que a sociedade impõe à todo momento. Portanto, sua característica deve ser inovadora, tanto em conceituação, como em metodologia, garantindo que ajustes e constantes revisões sejam possíveis sem maiores dificuldades.
A capacidade metodológica de deslocar o foco de um conjunto de regras, conceitos e princípios teóricos, para um conjunto fundamental de práticas aplicáveis no dia-a-dia e que motivem o auto-gerenciamento na busca da melhoria da qualidade de vida é, sem dúvida, fator fundamental que norteará todas as ações do Programa. Para tanto, todos os fatores já existentes no ambiente da Organização ( benefícios, eventos, atividades promocionais, etc.) são considerados e devem ser potencializados, para que sustentem e reforcem o papel da Empresa como geradora de alguns mecanismos, que melhoram a qualidade de vida no ambiente empresarial.
Portanto, um Programa de Qualidade de Vida deve, por meio de uma ação sistemática, levar o indivíduo a conscientizar-se de sua postura de vida e, a partir dessa consciência, estabelecer metas que possibilitem a melhoria da qualidade de vida de forma integral, deve investir em mudança de hábitos, pela sedimentação de conhecimentos e a aquisição de práticas, sustentada por um processo de educação continuada, onde cada atividade deve estar inter-relacionada e integrada a um objetivo maior.
Para que um Programa de Qualidade de Vida consiga apresentar resultados concretos e duradouros para a organização e para o indivíduo, o mesmo deve ter o aval da alta direção da Empresa e, o desenho, a implantação, a implementação e a manutenção do Programa deve contar com o envolvimento e a participação de todos os profissionais dos vários departamentos que compõem a Área de Recursos Humanos de uma empresa: Recrutamento e Seleção; Treinamento e Desenvolvimento; Serviço Médico; Serviço Social; Remuneração; Eventos; Comunicação Corporativa e Benefícios.
Finalizando, cabe ressaltar que a implantação de um Programa, nos moldes descritos acima, deverá trazer os seguintes benefícios:

Para a Empresa

- Força de trabalho saudável;
- Diminuição do absenteísmo;
- Diminuição dos custos com assistência Médica;
- Melhoria da produtividade;
- Estímulo ao “Team Work”;
- Ambiente de trabalho adequado;
- Capacidade de atrair e reter pessoal qualificado;
- Melhoria da imagem interna e externa;
- Maior divulgação e racionalização dos recursos e benefícios disponibilizados pela Empresa;
- Melhoria do Clima Organizacional.

Para o Funcionário

- Aprendizado e crescimento constantes, tanto na dimensão profissional como na pessoal;
- Flexibilidade para mudar hábitos e velhos padrões de conduta;
- Mais disposição para a vida e para o trabalho;
- Aumento da resistência física e orgânica;
- Acostumar-se à prática da prevenção de saúde física e mental;
- Percepção de reconhecimento por parte da Empresa;
- Maior resistência ao stress;
- Flexibilidade de relacionamento;
- Empregabilidade.
Autor: Dr. Dinerges

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